O que é postura afinal de contas?

Por Raquel Motta

Quando trabalhamos com organização corporal, um conceito muito comum é o de “correção” postural. Muitas pessoas gostariam de “corrigir” a própria postura. 

Mas você já parou para pensar o que é postura?

Em termos da palavra em si, postura significa posição, portanto quando dizemos que gostaríamos de “corrigir” nossa postura, estamos buscando outra posição para as partes do nosso corpo.

Por outro lado, quando queremos “corrigir” estamos partindo do princípio que existe um jeito certo. Mas o que é certo para o corpo?

Será que o que é certo no Brasil seria o mesmo no Japão? Na Alemanha? Na Indonésia?

Palavras do tipo “certo”, “errado”, “bom”, “mau”, “melhor”, “pior” enquadram-se na categoria denominada juízo de valor. 

Isso significa que classificar o que quer que seja como certo ou errado, por exemplo, diz respeito a conceitos muito particulares da cultura de um povo, de uma família, de uma área geográfica, os quais, muitas vezes, não correspondem a natureza da experiência corporal da pessoa.

Certo para o corpo é transmitir movimento através das articulações que o compõem. 

Bom para o corpo é sentir-se confortável. 

Melhor para os ombros, por exemplo, é ter condições de descarga de peso nas partes do corpo que estão logo abaixo. 

Essa é a realidade física.

Para que isso aconteça, a pessoa precisa descobrir possibilidades de movimento. Somente através do movimento, o corpo é capaz de se reposicionar.

Outro aspecto a ser considerado é: 

Se postura é posição e posso reposicionar as partes através da aprendizagem do movimento, porque será que meu corpo pode acabar em determinadas posições que eu não gosto, ou mesmo que não quero?

Durante a série de sessões do Rolfing, o terapeuta ajuda o cliente a navegar por essas reflexões, baseado na experiência corporal do sujeito. 

Dessa maneira atualizando conceitos, crenças e emoções que porventura estejam expressando posições que não representam mais a peso, mas que por estarem inconscientes no sistema corporal, acabamos sendo reativos de maneira negativa a ela.

 

Texto retirado de Redação ABR – Associação Brasileira de Rolfing

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